1EM.vol1.LC73-76
1. Preencha as frases a seguir empregando o verbo no tempo e no modo indicado:
a) Todos querem que ele _________________ na hora certa. (chegar – Presente do Subjuntivo).
b) Nós _____________ entregar-lhe pessoalmente seus documentos. (vir – Presente do Indicativo).
c) Por favor, não _________________ seus amigos dessa forma. (agredir – Imperativo negativo).
d) Eu ___________________ as plantas do jardim todos os dias. (aguar – Presente do Indicativo).
e) Esperamos que ela _______________ bem cedo amanhã. (partir – Presente do Subjuntivo).
Uma fotografia pode nos trazer recordações. Mas não são somente fotografias que nos trazem certas lembranças, como aconteceu com o escritor Lima Barreto. Você lerá um texto em que esse autor fala de uma recordação um pouco irônica que ele teve certo dia. Durante sua leitura, preste atenção na relação temporal que os verbos mantêm entre si, quando, por meio de um fato presente, o narrador se lembra do passado.
A carroça dos cachorros
Quando, de manhã cedo, saio da minha casa, triste e saudoso da minha mocidade que se foi fecunda, na rua eu vejo o espetáculo mais engraçado desta vida.
Amo os animais e todos eles me enchem do prazer da natureza.
Sozinho, mais ou menos esbodegado, eu, pela manhã desço a rua e vejo.
O espetáculo mais curioso é o da carroça dos cachorros. Ela me lembra as antigas caleças dos ministros de Estado, tempo do império, quando eram seguidas por duas praças de cavalaria de polícia.
Era no tempo da minha meninice e eu me lembro disso com as maiores saudades.
– Lá vem a carrocinha! – dizem.
E todos os homens, mulheres e crianças se agitam e tratam de avisar os outros. Diz Dona Marocas a Dona Eugênia:
– Vizinha! Lá vem a carrocinha! Prenda o Jupi!
E toda a “avenida” se agita e os cachorrinhos vão presos e escondidos.
Esse espetáculo tão curioso e especial mostra bem de que forma profunda nós homens
nos ligamos aos animais.
[...]
BARRETO, Lima. Crônicas. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?
select_action=&co_obra=7555>. Acesso em: 29 maio 2013.
1. Entre diferentes funções, o Presente do Indicativo expressa uma ação que acontece no momento da fala. No trecho: “Quando de manhã cedo, saio da minha casa, triste e saudoso da minha mocidade que se foi fecunda, na rua eu vejo o espetáculo mais engraçado desta vida”, a relação entre os verbos no Presente saio e vejo indica:
a) anterioridade e posterioridade das ações narradas.
b) concomitância entre as ações.
c) presente e passado do ocorrido.
d) posterioridade em relação ao advérbio quando.
2. Usando a mesma frase do texto transcrita no exercício anterior, se trocarmos foi, verbo ser no Pretérito Perfeito, pelo mesmo verbo no Presente do Indicativo, teríamos: “[...] minha mocidade que é fecunda”. Essa alteração verbal permitiria que considerássemos a juventude como algo:
a) ainda presente.
b) já ausente.
c) infeliz.
d) projetado para o futuro.
3. A crítica social nesse texto centra-se na comparação que o autor faz entre os ministros de Estado
e os cachorros. Em seu caderno, transcreva o trecho que deixa clara essa comparação.
Conheça melhor o autor da obra: Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1881, e faleceu em 1o de novembro de 1922. É considerado um dos mais importantes escritores brasileiros. Sua obra, de temática social, critica as famílias aristocráticas e defende os pobres, boêmios e arruinados. Sua linguagem coloquial influenciou o movimento modernista no Brasil.
4. Em dia com o vestibular
(Fuvest – 2006)
Os verbos estão corretamente empregados apenas na frase:
a) no cerne de nossas heranças culturais se encontram os idiomas que as transmitem de gera-
ção em geração e que assegurem a pluralidade das civilizações.
b) se há episódios traumáticos em nosso passado, não poderemos avançar a não ser que os enca-
ramos.
c) estresse e ambiente hostil são apenas alguns dos fatores que possam desencadear uma explo-
são de fúria.
d) a exigência interdisciplinar impõe a cada especialista que transcenda sua própria especiali-
dade e que tome consciência de seus próprios limites.
e) o que hoje talvez possa vir a tornar-se uma técnica para prorrogar a vida, sem dúvida ama-
nhã possa vir a tornar-se uma ameaça.
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