página 30,31 e 32 da apostila
1. Leia, individualmente, o texto a seguir:
No aeroporto
ANDRADE, Carlos Drummond de. No aeroporto. In: _____. Cadeira de balanço. São Paulo:
com futuro lançamento pela Companhia das Letras. Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond.
.
2. Responda às questões I a V.
I. O narrador da história de Drummond é
a) do sexo feminino.
b) desconhecido de Pedro.
c) uma personagem mal-humorada.
d) um homem.
II. A relação de Pedro com as pessoas era, de acordo com o narrador,
a) antipática e egocêntrica.
b) inoportuna e egoísta.
c) amistosa e afetiva.
d) cheia de privilégios e indiferente.
III. Para o narrador, Pedro
a) dormia apenas à noite e passava o dia brincando com objetos diversos.
b) desarmava os adultos por conta de sua falta de malícia e sua simplicidade.
c) não costumava gostar dos objetos alheios.
d) irritava os adultos porque sofria de incontinência.
IV. De acordo com o texto, é possível afirmar que o narrador muda sua rotina por conta de
Pedro. Retire do texto trechos que comprovam essa afirmação.
V. Em sua opinião, por que a crônica No aeroporto revela a idade da personagem principal
apenas no último parágrafo? Essa revelação desconstrói a imagem que o leitor faz dela?
3. Em uma roda, sob a coordenação do professor, conversem sobre suas primeiras impressões do
texto e também sobre as respostas que deram na Atividade 2.
• Gostaram da história? Por quê?
• Vocês identificaram as personagens? Quais são?
• Foi possível perceber rapidamente que Pedro era um bebê? Como?
• O narrador participa da história? Como você sabe?
No aeroporto
Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu
quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não
falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos
de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras e, a bem dizer,
não se digne pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é a conversa de
gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.
Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores,
com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva.
A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial,
revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e o oriental, e em particular
o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso
(encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.
Devo admitir que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais,
comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples
presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia tudo
com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo
egoísta ou importuno. Suas horas de sono – e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente
de dia – eram respeitadas como ritos sacros, a ponto de não ousarmos erguer a voz
para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente,
porém nós mesmos é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos. Assim, por conta de
Pedro, deixamos de ouvir muito concerto, para violino e orquestra, de Bach, mas também
nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da TV. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância. Objeto que visse em nossa mão, requisitava-o. Gosta de óculos alheios (e não os
usa), relógio de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples
ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu
costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem não o conhecer dirá
que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu
sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação
apressada, sobre a razão íntima de seus atos.
6. Por fim, passem a limpo os textos e definam o produto final do projeto coletivo de escrita de
textos narrativos: uma exposição na própria sala de aula ou em algum mural disponível na escola,
para que outros alunos possam ler o que escreveram; um livro de contos e crônicas etc.
Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e
o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a
lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse eu
um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua maneira azul de olhar-me. Eu
sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade – e, até, que a nossa amizade lhes
conferia caráter necessário, de prova; ou gratuito, de poesia e jogo.
Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de
idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.
Quero a resposta
ResponderExcluirQuem é desconhecido de pedro
ExcluirQuero a resposta
ResponderExcluirQuero a resposta da 5
ResponderExcluir5)R:Pra causa uma surpresa pra gente
ExcluirQuero todas as resposta
ResponderExcluirQuero todas as respostas
ExcluirQuero resposta
ExcluirEu que a reposta
ResponderExcluirEU QUERO A RESPOSTA!!!!
ResponderExcluirquais sao as resposta??
ResponderExcluirEu quero a resposta
ResponderExcluirGente no aeroporto a história , qual é a resposta da lição 2 a pergunta dois qual é a resposta a) antipativa e ehocentriCa b) oportuna é egoísta c) amistosa e afetiva d) cheia de privilégios em indiferente me ajudem agora pfv
ResponderExcluirGente me respondam pfv eu preciso dessa resposta
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